O falso evangelho que tem sido amplamente difundido pelo mundo afora, principalmente na América e em países do terceiro mundo, torna Cristo interessante apenas nesta vida. Bem diferente do que disse o apóstolo Paulo aos coríntios: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” (I Cor 15.19).
Na atualidade, a grande maioria das igrejas que se dizem cristãs não tem e nem querem o Cristo que foi crucificado. Não desejam um Cristo humilhado e envergonhado nos convidando a tomar cada um a sua cruz e segui-lo diariamente. O “Cristo pós-moderno” preocupa-se apenas com o bem-estar e a felicidade de seus seguidores aqui neste mundo, somente.
Esse é o Messias fabricado pelo “sonho americano”. Ele permite a igualdade de oportunidades e de liberdade a todos os que aceitam a sua mensagem de auto-ajuda, a fim de que estes atinjam seus objetivos na vida somente com seu esforço e determinação. Para alguns, é a oportunidade de conseguir mais riqueza do que eles poderiam ter sem a fé; para outros é a chance de ver os seus filhos crescerem com uma boa educação e grandes oportunidades; ou ainda, a condição de ser conhecido como a família modelo da sociedade.
Cristianismo não é nada disso. Cristianismo é Cristo sendo ultrajado, espancado, “ferido por causa das nossas transgressões e moído pelos nossos pecados”. O Evangelho é Deus fazendo por nós o que nunca poderíamos fazer. Como dizia o reformador Martinho Lutero, a teologia cristã é a teologia da cruz e não a da glória.
O modo de pensar do Filho de Deus era bem diferente dos supostos cristãos pós-modernos que querem ser conhecidos como pessoas grandes, importantes e ricas: “Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” (Fp 2.5-8).
O apóstolo Paulo explica aos filipenses que por Jesus ter se sujeitado a Deus Pai e o obedecido integralmente, Ele recebeu todo poder nos céus, na terra e embaixo dela. “Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que é o mais importante de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Fp 2.9-11).
Cristo virá novamente para buscar os que morreram crendo na sua vinda e os que estão vivos e crêem no seu nome, o adoram, tomam a sua cruz e seguem-no dia após dia. Jesus prometeu voltar para levar para si os seus seguidores, “para que, onde ele esteja, estejam eles também.” (Jo 14.3).
Cristo virá novamente e isso não é piadinha. Inspirado pelo Espírito Santo, Paulo nos explica como será: “Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.” (I Tes 4.15-18).
Façamos nossas as palavras do discípulo amado: “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20).
Maranata!!!
Integra a equipe de pastores do presbitério da Igreja Batista Reformada de Brasília, Águas Claras/DF. Fundador e Editor do Ministério Justificação pela Fé. É formado em Teologia Livre pelo Seminário Martin Bucer/SP, pós-graduado em Pregação Expositiva e mestrando em Teologia Sistemática pela Faculdade Teológica Reformada de Brasília/DF. É Casado com Pâmela Corrêa, com quem tem uma filha, Ana Corrêa.
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