Um modo de abordar a divisão histórica entre os ensinos católico romano e da reforma sobre a justificação é enfatizar como a justificação pela fé se relaciona com o contínuo amor prático e a retidão na vida cristã.
Teologia
Heber Campos JrBacharel em teologia pelo Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição (1998), mestre em História da Igreja pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper (2003), e Doutor em Teologia Histórica pelo Calvin Theological Seminary, EUA (2009). É ministro presbiteriano desde junho de 1999. No CPAJ ensina disciplinas de teologia Histórica e Teologia Sistemática.
Para saber como obtemos nossa justificação, é conveniente considerar, em primeiro lugar, quão rebeldes e pecadores somos todos nós que descendemos de Adão; e por outro lado, que misericórdia há em Deus, que perdoa todas as ofensas de todos os pecadores sinceramente arrependidos por causa de Cristo.
No artigo anterior, vimos que a ideia de que “se não confessarmos individualmente cada pecado antes de morrer iremos para o inferno” não é uma noção evangélica e protestante da salvação. Somos completamente perdoados e justificados no momento em que cremos. Sendo assim, um cristão tem que continuar confessando seus pecados? Como fica 1 João 1.9: “Se confessarmos os nossos pecados, […]
Se um crente morrer sem confessar um pecado ele vai para o inferno? Esta foi uma pergunta que surgiu à tona com a recente polêmica sobre o suicídio. Imagine que um cristão tenha um ataque cardíaco fulminante na hora que estiver mentindo. Ele vai ser salvo? Para respondermos isso, precisamos deixar nossas ideias próprias e conferir o que o evangelho ensina! Precisamos entender melhor a salvação do Senhor.
Qualquer confusão é certamente resolvida pelo fato de que quando Jesus pregou “o evangelho de Deus” na Galileia, ele instou aos seus ouvintes: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15).