Por Roberto da Silva Santos
Segundo o costume, as pessoas se recostavam numa espécie de divã e ficavam com os pés estendidos. Assim, a posição de João era a de estar recostado, com a cabeça pendente bem próximo ao peito de Jesus. Mas o verbo não indica contato físico da cabeça de João sobre o peito de Jesus. Neste sentido, a versão na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil, está correta, quando traduz: “Bem perto de Jesus estava sentado um deles, a quem Jesus estimava muito”. E é evidente que, no meio daquele grupo que não deixava passar nada sem censura, um problema grave como este seria levantado se a atitude de João fosse de outra natureza. Estando João mais próximo do ouvido de Jesus, Pedro fez-lhe sinal para que lhe indagasse sobre quem o haveria de trair. Será que essa gente metida a conhecer a Bíblia e não sabe, merece alguma atenção?
Devemos lembrar, também, que Deus abomina este tipo de pecado. As cidades de Sodoma e Gomorra foram destruídas por causa do seu pecado. E o pecado que mais apareceu no cenário daquela cidade foi o homossexualismo, a ponto de se tornar, até hoje, o adjetivo denominado “sodomia”. Sabe-se que este pecado era tão dominante que, quando os anjos de Deus vieram à casa de Ló, que Deus queria tirar da cidade antes de destruí-la, os homens de Sodoma queriam invadir a casa para “possuir” sexualmente aqueles visitantes. Não o conseguiram, porque os anjos os feriram de cegueira. E, então a cidade foi varrida do mapa (Gn 19.10,11).
Em sua epístola aos Romanos, Paulo apresenta o triste quadro da cidade de Roma nos seus dias. A certa altura, ele diz: “Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o usos natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém” (Rm 1.26-28).
Não é sem razão que, como consequência natural desse pecado, a AIDS começou a se propagar no mundo entre os homossexuais, estendendo-se a uma epidemia que alcança hoje seguimentos diversos. Mas não só isso, Paulo trata de uma questão presente, mas ignorada que é o lesbianismo – a mulher que se une à outra como se fosse homem. E a Bíblia é clara ao afirmar que tudo isso é abominação ao Senhor, gostando ou não o ser humano, achando a mídia ser ou não politicamente correto.
Voltando ao início, queremos concluir que alguém que está nessa situação de pecado, pode tornar-se uma nova criatura. É o que o Apóstolo Paulo lembra aos cristãos de Corinto ao afirmar que: “E é que alguns tem sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus” (1 Co 6.11). Em outras palavras, se um homossexual se converte, ele deixa o seu pecado para seguir a Jesus: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo”(2Co 5.17).
Mas o que está havendo entre nós hoje é que eles aderem à igreja e continuam no seu pecado, como se isso fosse uma situação normal. A verdade é que a igreja tem feito “vista grossa” para este e outros pecados. Temos percebido adolescentes e jovens e, por que não dizer adultos, com fortes inclinações homossexuais. Homens e mulheres. Hoje, a bissexualidade está sendo enaltecida como “moda” e, em orkuts e outros sítios de relacionamentos, percebemos meninas das nossas igrejas admitindo que são adeptas dessa prática. Os pais precisam ter uma maior atenção para estes problemas que são incômodos e sutis, preocupantes e destruidores, porquanto armadilhas de Satanás. Se desejamos ser bíblicos, precisamos enfrentar a realidade: os que praticam tais coisas não herdarão o reino dos céus, ainda que, como tem acontecido nos dias de hoje, abram-se igrejas para grupos assumidamente homossexuais, como se o problema fosse “estar na igreja” ou se ela tivesse o poder de salvar. A questão é: Há obediência ao que Jesus Cristo ensina? Há mudança de vida, essência do Evangelho de Jesus?
O apóstolo Paulo já advertia em primeira aos Coríntios 5.11, 13b, o seguinte: “Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aqueles que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Tirai, pois dentre vós esse iníquo”.
Temos levado à sério a palavra de Deus ou temos nos deixado levar pelas ondas enganosas e destruidoras de nossos dias?
Adaptado do original do Pr. Damy Ferreira.
Fonte: Igreja Batista Central de Taguatinga